Com o objetivo de dar início à retomada gradual da normalidade na cidade de Aparecida, a administração municipal editou, nas últimas semanas, decretos que, primeiro flexibilizaram a reabertura do comércio local e posteriormente a reabertura de igrejas.
Mas a cidade de Aparecida ainda depende de outras retomadas, visto que, o grande foco da cidade é o turismo. Com milhões de visitantes todos os anos, uma reabertura total ainda não tem data pra acontecer, isso porque o único hospital da cidade possui apenas oito leitos com respiradores, quantidade insuficiente para atender moradores, cidades vizinhas, que tem Aparecida como referência na área da saúde e também os turistas que por aqui devem passar.
Ao longo desta semana muitos encontros foram realizados pensando nas reaberturas que ainda não foram realizadas como do Santuário Nacional, da feira livre e dos hotéis. Para entender a preocupação do poder judiciário com estas reaberturas, a prefeita Dina Moraes e o chefe de gabinete e presidente do Comitê Municipal de Crise, Marco Pazzini, tiveram por telefone conversas com o procurador Luis Dias. Nas conversas ficou clara a preocupação de ambos os lados quanto a uma proliferação desenfreada da covid-19 no município e cidades vizinhas. Para isso, planos e protocolos de saúde de todos os setores deveriam ser apresentados ao Ministério Público, com a devida validação da Vigilância Epidemiológica.
Santuário
Uma comitiva do Santuário Nacional esteve presente na prefeitura pra se reunir com representantes do Comitê Municipal de Crise. No encontro foi apresentado o plano de retomada elaborado pelo Santuário e consideradas suas reivindicações de uma data para abertura aos fiéis, principalmente em relação às celebrações litúrgicas (missas). Com o protocolo em mãos, a Secretaria de Saúde enviará uma equipe para checagem de todas as ações e validação técnica do documento.
Diretoria Regional
A visita ao Santuário deve ocorrer em conjunto com a Diretoria Regional de Saúde, que tem sede em Taubaté. Ao longo da semana, membros do Comitê e a Prefeita se reuniram de forma online com a diretora regional de saúde, Nadia Meireles, para entendimento das fases do Plano São Paulo, e situação detalhada da cidade de Aparecida. Foi solicitado, por parte da prefeitura, um parecer específico de atuação e retomada para a cidade de Aparecida pela Secretaria de Estado da Saúde. Com este parecer todas as ações terão um embasamento técnico-científico e possibilitará maior segurança sanitária e jurídica a todos os envolvidos.
Hotéis
Pela segunda vez no mês, representantes da rede hoteleira estiveram reunidos com a prefeita Dina Moraes. Nesta semana, juntou-se a eles o SINHORES – Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares. No diálogo foi apresentado pela entidade um protocolo de boas práticas, considerando reabertura gradual. Porém, não ficou definido quando as atividades podem ser retomadas. Os representantes demonstraram grande preocupação com os empregos, já que mais de cinco mil postos são gerados dentro de toda a rede de Aparecida. Contrapartida, quanto ao auxílio na manutenção de leitos ou testagem dos funcionários foram debatidos, com o intuito de que os trabalhos possam voltar com melhor estrutura de saúde para todos.
Ambulantes
O comércio ambulante também se manifestou ao longo da semana com o envio de três protocolos para reabertura da feira livre, em todos eles, o desejo de retomada total das atividades. Os protocolos das diferentes entidades que representam a feira livre foram levados ao Comitê Municipal de Crise. Mas, mesmo com a reabertura do comércio local, as bancas continuam impedidas de serem montadas.
Reunião semanal
Na reunião ordinária semanal, o Comitê Municipal de Crise analisou todos os planos apresentados e começou a traçar as possibilidades de retomada das entidades solicitantes ao longo da semana. Os assuntos discutidos deverão servir de base para a elaboração do próximo decreto municipal. O plano de ação será elaborado, e sua aplicação dependerá das orientações governamentais de saúde.
