A cada 2 minutos, 5 mulheres sofrem violência no Brasil. O último balanço divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH) aponta que só no primeiro semestre de 2021 foram registradas, pelo 180, mais de 72 mil notificações de denúncias de violência contra a mulher. E os números alarmantes não param por aí. A violência física foi o crime mais registrado no período, com 34 mil casos, seguida da violência psicológica, com 24.378, e da violência sexual, correspondendo a 5.978 casos.
A violência contra a mulher é um problema social histórico e grave que precisa ser fortemente combatido. Em uma sociedade em que se ouve que as mulheres apanham porque gostam ou porque provocam, em que é fácil identificar o tipo de mulher que apanha e que violência doméstica só acontece em famílias de baixa renda e pouca instrução, ainda tem muito a evoluir no que diz respeito ao combate a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Primeiro: para assegurar sua própria proteção e a de seus filhos quem é vítima de violência doméstica passa muito tempo tentando evitá-la.
Segundo: a violência doméstica não faz distinção de classe social, raça, etnia, religião, orientação sexual, idade e grau de escolaridade.
Terceiro: é preciso entender que não existe um perfil específico de quem sofre violência doméstica. Qualquer mulher, em algum período de sua vida, pode ser vítima desse tipo de violência.
E foi com a necessidade de inibir os casos de violência doméstica no Brasil, que em 07 de agosto de 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha, que este ano completou 15 anos. E justamente, para intensificar a divulgação da Lei, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes, foi instituída o “Agosto Lilás”, uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.
Hoje, a lei 11.340/2006 considera o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
Portanto, NÃO SE CALE. DENUNCIE!
Ligue 180- um serviço do Governo Federal, que funciona 24 por dias durante os 7 dias da semana. É possível acionar o canal de denúncia e por meio dele ter todas as informações e orientações de como dar o primeiro passo para quebrar o ciclo de violência. A Central de Atendimento à Mulher oferece três tipos de atendimento: registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas.
E ainda para auxiliar no enfrentamento a violência contra a mulher, como registrado na imagem acima, a Guarda Civil de Aparecida, aciona o sinal vermelho para a violência doméstica e familiar e lembra que quando esse sinal é mostrado por alguma mulher indica que ela está em perigo.
Afinal, a ajuda, o incentivo e o apoio são fundamentais para a mulher entender que ela não precisa seguir sofrendo calada. Ela não está sozinha. Como citado pelo site do Instituto Maria da Penha:
“UMA VIDA LIVRE DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA É POSSÍVEL E CERTAMENTE TERÁ UM NOVO SIGNIFICADO.”
