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MAR
16
16 MAR 2020
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Especial Mulheres que Inspiram
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Uma homenagem da Prefeitura de Aparecida ao Mês da Mulher

A tradicional Praça Nossa Senhora Aparecida recebe, diariamente, visitantes de diversas partes do Brasil, reunindo histórias e personagens únicos. Em meio aos turistas que passam pelo local, muitos trabalham silenciosamente e trazem experiências inspiradoras.

Estes são os casos de Aracy Lopes, Rosineia Aparecida de Souza Melo e Helena Thereza de Lima Ribeiro. Três mulheres de diferentes gerações, cujas histórias se cruzam há anos no mesmo palco: a Praça Nossa Senhora Aparecida.

Aracy

Aracy atua como sorveteira no local há 40 anos, desde que se mudou de Queluz para Aparecida, iniciando uma longa trajetória na praça:
 

“Eu sou de Queluz. Depois que me casei, como meu marido era daqui de Aparecida, acabei me mudando e estou por aqui há 40 anos”, relembra.

Sorveteira desde o início de sua caminhada profissional, ela destaca a importância de trabalhar com o que gosta: “Procuro atender bem os fregueses, agradar as pessoas, eu gosto do que eu faço. É muito bom trabalhar com o que eu gosto, faz muito bem para mim”.

Rosineia

Assim como Aracy, Rosineia também desempenha a função de sorveteira e carrega uma história de muita luta desde a infância:

“Eu morava em Aiuruoca, Minas Gerais, com os meus pais. Eu era muito nova quando vim para cá, minha mãe me abandonou e tive que vir morar com uma tia. Esta tia me maltratava, então fui morar sozinha com 15 anos e fiquei morando sozinha até me casar, com 24 anos”, conta “Néia”, como é carinhosamente chamada.

Trabalhando desde os 12 anos de idade, ela desempenhou diferentes funções durante sua vida profissional, encontrando na venda de sorvetes uma nova esperança:

“Em Aparecida eu já fiz quase de tudo. Trabalhei como empregada doméstica, vendi coisas no pátio. Fui morar sozinha quando era muito nova e tive que arrumar trabalho para me sustentar. Vim para a praça quando conheci meu marido, que também era sorveteiro, a mãe dele também  era sorveteira, então passei a assumir a função aqui. Estou há 15 anos na praça e casada há 15 anos”.  

Após superar a dificuldades na vida pessoal, Rosineia celebra a oportunidade de, por meio de seu trabalho, conhecer pessoas de diferentes lugares e construir amizades:

“É legal, algumas vezes é estressante, mas é bom, você conhece gente nova. Eu brigo bastante, tenho contato com gente do Brasil inteiro, fiz muitas amizades, tem gente que conheci aqui na praça e que frequenta minha casa”, revelou.

Helena

Completando o trio de personagens inspiradoras, Helena é a única mulher a atuar como fotógrafa na Praça Nossa Senhora Aparecida. Ela conta que precisou substituir seu marido na função, na época em que ficou doente. Com o falecimento do companheiro, em 2015, assumiu o posto em definitivo e já acumula seis anos como fotógrafa:

“Fiquei no lugar do meu esposo, que era fotógrafo há 25 anos, ficou doente e não conseguiu se recuperar. Quando ele faleceu, em 2015, assumi o lugar dele em definitivo, sendo a única mulher fotógrafa aqui da Praça”, conta Helena.

Registrando momentos especiais e únicos, ela guarda em sua memória histórias inesquecíveis, eternizadas sob a lente de sua câmera e seu olhar diferenciado:

“É emocionante, porque você vê pessoas que passam por aqui e nunca tiveram a oportunidade de tirar uma foto, então aquele brilho no olhar é único. Uma história que eu me lembro é de uma senhora de 101 anos que me pediu para tirar uma foto dela no dia em que fazia aniversário. Ver a felicidade dela naquele momento, a alegria, o sorriso no rosto, não teve preço”.

Mãe de dois filhos (um deles também trabalha como fotógrafo na praça), ela chama a atenção para a importância da mulher na sociedade e o preconceito que ainda se faz presente:

“Eu acho que a mulher deveria ter mais oportunidades, porque tudo o que o homem consegue fazer, a mulher também consegue. Muitas mulheres trabalham fora e cuidam da casa, eu mesma criei meus dois filhos sozinha, fui mãe, fui pai. Infelizmente ainda há muito preconceito, aqui mesmo na praça, algumas pessoas se recusam a tirar suas fotos comigo pelo fato de eu ser mulher. Então eu acho que as mulheres devem ter mais oportunidades e reconhecimento”, concluiu a fotógrafa.

Assim como Aracy, Rosineia e Helena, milhões de mulheres dedicam suas vidas com amor e alegria, realizando funções que raramente recebem o devido reconhecimento. A luta de cada uma delas serve como inspiração para que muitas outras levem em seu dia a dia a força das mulheres em cada um dos setores da sociedade.

Luis Felipe Pereira 

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