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ABR
09
09 ABR 2020
EDUCAÇÃO
O mundo do brincar e a magia das palavras
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Na segunda reportagem da série sobre literatura infantil conhecemos a paixão dos jovens pelos livros

Abril é o mês dedicado a literatura infantil, no mundo, e claro aqui no Brasil também. Nomes importantes são lembrados e celebrados como Monteiro Lobato, Chico Buarque, Maria Clara Machado, Raquel de Queiroz, Ruth Rocha, Ziraldo, dentre tantos outros.

E para marcar as comemorações, a Prefeitura Municipal de Aparecida, por meio da Sala de Comunicação e Imprensa lançam uma série de reportagens sobre o tema, intitulada “Era uma vez...”. Em cada semana do mês de abril vamos falar do mundo dos livros, da importância da literatura para a educação e formação das crianças e, claro, o quanto ler ajuda no seu desenvolvimento pessoal. Vamos embarcar nesta aventura? No segundo capítulo conversamos com Mel Guimarães, estudante de Aparecida premiada na Olimpíada de Língua Portuguesa.

Em uma era marcada pela evolução da tecnologia, é cada vez mais comum observar crianças conectadas a telas de celulares e computadores do que aos livros. Neste contexto, em que o hábito de ler e usar o poder da imaginação se tornam raridade na infância, uma história de paixão pela leitura inspira e chama a atenção de diferentes gerações.

Mel Eduarda Guimarães Silva, aos 14 anos, fortalece diariamente sua relação com os livros, que com o passar dos anos se tornaram seus companheiros inseparáveis. O interesse da estudante de Aparecida pela leitura vem de longa data e conta com o incentivo da família.

“Bom, eu lembro que quando eu tinha uns três anos ganhava muitos livros do meu tio, dos meus pais e eu nunca tive o convívio com muitas crianças, então me apeguei à leitura, sempre lendo muito. Conforme o tempo foi passando, fui mudando as preferências, de contos de fadas para romances, suspenses. Fui ampliando meu vocabulário, sempre lendo muito”, conta a adolescente.

A magia da literatura

Com o passar dos anos, os laços entre Mel e as páginas das várias histórias que ela costuma ler foram se estreitando, levando a então aluna da escola Maria Conceição Pires do Rio à final da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, em que foi premiada na categoria Crônica.

“A minha experiência começou na sala de aula com a professora. Ela nos disse que escreveríamos uma crônica para essa competição e eu falei para ela que eu não seria a aluna a ser escolhida, porque eu nunca escrevi crônica, só havia lido um pouco sobre, mas não gostei do gênero. Ela me convenceu, dei uma chance, comecei a escrever e ela foi me ajudando em algumas partes que eu estava com dificuldade e após passar a limpo nós enviamos o texto e foi passando de fase”, relembra a estudante. 

Por meio do texto intitulado “Devoção faz o lugar”, Mel pôde levar um pouco das tradições e da religiosidade tão características da cidade de Aparecida para uma competição de nível nacional. Ela detalha a experiência vivida com grande carinho e gratidão.

“Quando veio a notícia de que eu tinha chegado na semifinal, eu estava na missa da novena de Nossa Senhora Aparecida. Fiquei muito feliz, mas não podia gritar ou fazer barulho, então saí e liguei para o meu tio para contar. Depois, quando chegamos em São Paulo foi um choque cultural muito grande, conheci muitas pessoas de lugares diferentes do Brasil e a história de cada uma delas. Fiquei muito feliz por participar da Olimpíada”. 

A Olimpíada de Língua Portuguesa

Fã de romances, suspenses e clássicos da literatura brasileira, Mel não esconde seu encantamento com cada uma das obras que lê, e destaca o poder da imaginação, que a faz mergulhar nas páginas dos livros e se sentir parte dos cenários por eles apresentados:

“O que me encanta é o poder da minha imaginação para diferentes tipos de livros. Por exemplo, eu fico muito apreensiva com suspense, fico imaginando os cenários. Acho que meus favoritos são os romances, porque já vêm com esses elementos de filmes. Eu gosto muito do autor John Green e desde que eu vi o filme ‘A Culpa é das estrelas’, eu quis saber como era o livro. É muito interessante, porque são perspectivas diferentes, você aprende muita coisa enquanto acontece uma história de romance clichê, por isso eu gosto tanto. Pelo fato de imaginar e ter emoções lendo esses livros”, explica a estudante.

Toda a magia que envolve o universo da literatura foi apresentada a Mel por seus familiares, fator que a faz reconhecer com facilidade a importância do papel da família para o incentivo à leitura:

“Quando somos crianças, nossos primeiros contatos são com a família, então se eles te passam essa questão da leitura e se você for uma criança interessada como foi o meu caso, você começa a pegar esse gosto pela leitura. É importante porque você já prepara a criança para o futuro”.

O poder transformador da leitura

Mais do que um simples hábito ou hobby, a leitura manifesta seu papel transformador na vida de Mel, assim como na de milhões de crianças ao redor do mundo. A estudante de 14 anos explica como os livros mudaram sua percepção e forma de enxergar o que está a sua volta.

“A leitura mudou a minha forma de olhar o mundo. Quando somos crianças, olhamos o mundo com uma perspectiva encantadora, tudo o que descobrimos parece incrível e quando crescemos, perdemos um pouco isso. Os livros me ajudaram a continuar a ter essa perspectiva de criança e continuar vendo coisas que você normalmente não acharia tão legais, de uma forma diferente. Isso o que mudou em mim, a forma de olhar as preocupações da vida”, afirmou a adolescente.

Sonhos

Matriculada no curso técnico de Mecânica na ETEC Centro Paula Souza, em Guaratinguetá, Mel possui objetivos bem definidos para sua vida profissional e apesar do sonho de seguir na área de exatas, não deixa de lado a paixão pela leitura.

“Os sonhos vão mudando. Eu já tive muita vontade de ser médica, mas percebi que tinha um pouco de medo de agulhas e acabei desistindo. Agora quero me tornar uma engenheira mecânica. Sempre falo para as pessoas que quando eu estiver com a situação mais estável, vou me tornar uma escritora”.

Orgulho para os familiares e inspiração para os amigos e colegas, Mel segue escrevendo as páginas de sua bela história de paixão pela leitura e deixa um importante recado para todas as crianças:  

“Eu gostaria que as crianças se interessassem mais pela leitura, porque ela pode te levar a lugares que vice nem imagina. Eu, por exemplo, não me imaginava chegar em uma Olimpíada de Língua Portuguesa. A leitura é algo fundamental e não estamos lendo mais como antigamente, a gente gasta o tempo coisas mais superficiais e é um prazer poder colocar sua imaginação para funcionar e aprender coisas lendo. Então minha mensagem é: leiam, porque é muito bom”.

Luis Felipe Pereira

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