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MAR
06
06 MAR 2020
Especial Mulheres que Inspiram
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Uma homenagem da Prefeitura de Aparecida ao Mês da Mulher

Quem observa o jeito alegre e calmo de Elizabeth Joana D’Arc Jacob Freitas à primeira vista, dificilmente consegue ter a dimensão da mulher forte e batalhadora que está por trás do sorriso em seu rosto. Beth, como é conhecida, atua no cargo de servente na Prefeitura de Aparecida há 12 anos e carrega uma história e um estilo de vida que inspira todos que a conhecem.

Amor pelo trabalho

Com 61 anos de idade, Elizabeth construiu toda sua vida em Aparecida, passando pela Casa do Pequeno Cidadão, onde trabalhou com crianças de 3 a 5 anos, e ajudando sua mãe em uma banca de comércio antes de iniciar sua trajetória na Prefeitura de Aparecida.

 Com uma década de serviços prestados na Secretaria de Educação, Beth passou por diversas escolas municipais e lembra com carinho de sua experiência com os alunos, de quem recebe o reconhecimento até os dias de hoje:

“Fiquei uns 10 anos na Secretaria de Educação e era gostoso, porque a gente vai conhecendo muitas pessoas. Trabalhava com muitas crianças, era muito divertido, aprendi muito com elas e me diverti muito também. Eu sempre encontro as crianças das escolas em que trabalhei e elas me cumprimentam, me abraçam e isso é muito gratificante. Tem alguns alunos que quando se formam, até colocam o meu nome na dedicatória”, revelou Elizabeth, que atualmente trabalha no setor de Vigilância Sanitária da Prefeitura.

Relação com a família

Fora do trabalho, Beth leva a mesma dedicação, amor e alegria para o ambiente familiar. Morando com sua filha Namíbia e seu neto Eric, de 11 anos, esta mulher batalhadora também faz questão de manter contato freqüente com o irmão, que vive no Espírito Santo:

“Minha filha voltou a morar comigo agora e ela trabalha, então dependendo do horário a gente se encontra, mas meu neto está gostando muito. Para o meu irmão eu ligo aos finais de semana. O contato com o meu neto é muito bom, ele é uma belezinha. Ele é são paulino e quer ser jogador de futebol, até colocamos ele na escolinha. Quando ele era mais novo a gente até jogava bola na rua, mas hoje em dia está difícil por conta da minha idade”, contou Elizabeth.

Luta contra o preconceito

Mãe, avó, trabalhadora, Beth é acima de tudo uma lutadora. Assim como inúmeras outras mulheres negras, ela convive constantemente com o preconceito e relembra com tristeza dos momentos em que viu muitas portas se fecharem em sua vida pela cor de sua pele:

“Estudei no Chagas Pereira, no Américo Alves e depois estudei em Lorena, no Santa Teresa. Fui fazer o curso para tradutora e intérprete. Mas era muito difícil para o negro se engajar e minha família também não acreditava que eu conseguiria, então não segui esse caminho.  Tive muitas dificuldades em termos de aceitação para empregos. Mandava currículo e nem me davam a oportunidade de conversar, de fazer uma entrevista para o trabalho”, relatou.

Apesar dos obstáculos, Beth se tornou um exemplo de superação e deixa uma importante mensagem contra todo o tipo de discriminação, cada vez mais presente em nossa sociedade:

“A discriminação acontece de várias formas, então nós temos que ter calma e tirar tudo o que nos entristece. Há dias em que não tem como, vem a tristeza e você briga consigo mesma, mas temos que ter fé. Porque se a gente não tiver fé, a gente desmorona”, afirmou Elizabeth, que também enfatizou a importância do apoio neste tipo de situação lamentável:

“Muitas vezes eu chorava, quando eu era bem mais jovem, mas hoje em dia eu levo tudo numa boa, porque é uma coisa que sempre foi encoberta e parece que está tudo se aflorando hoje em dia. O feminicídio, a homofobia, xenofobia, todo o tipo de discriminação é muito difícil e temos que ter muita fé. Mas temos que lembrar que não estamos sozinhos, sempre encontramos um ombro amigo. Quando você pensa que só você está passando por aquele problema vê que a pessoa ao lado também está passando pela mesma coisa”.

 A força da mulher

Exemplo por sua trajetória, ações e pela pessoa que é, Beth mostra ter total consciência de sua força e da força de todas as mulheres, chamando a atenção para a importância da união e da luta da contribuição de cada uma na luta pela igualdade:

“Nós mulheres somos a mola sobre o tubo. Temos uma força infinita, abençoadas pela gestação, amamentação e somos decididas e determinadas. Mesmo com a diferença de salário, mesmo que a mulher muitas vezes seja mais capacitada e ainda assim ganhe menos que o homem, mesmo o machismo na sociedade, nós mulheres já estamos nos unindo para combater isso”.  

Para as muitas “Elizabeths” espalhadas pelo país, a lutadora, que encara as batalhas do dia a dia sempre com a mesma alegria e motivação contagiantes, deixa a seguinte mensagem:

“Nós mulheres temos que nos unir cada vez mais, deixando as diferenças de lado e nos juntarmos por uma causa própria. Temos que crer mais na nossa força, porque algumas ainda não se deram conta da força que nós temos. Já conquistamos tanta coisa, conquistamos o direito de votar, direitos trabalhistas, então quanto mais nos impusermos, mais nós poderemos conquistar. Mulher é força, mulher é fé, presente e futuro”

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