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História da Cidade

Aparecida, a Capital da Fé.

Aparecida inicia sua história em meados de outubro de 1717 quando veio à notícia da chegada do Governador e Capitão-geral da Capitania de São Paulo e das terras das Minas Gerais, Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conhecido também como Conde de Assumar; que iria passar na Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá a caminho de Vila Rica, atual Ouro Preto. A História do Município surge com o encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Santa Padroeira do Brasil.
Para alimentar o futuro Conde de Assumar (Título oficializado somente em 1718) e sua comitiva (auxiliares e escravos), foram notificados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores que viviam à margem ribeirinha do Rio Paraíba do Sul, para alimentar o ilustre visitante. E assim foi feito, os pescadores foram buscar peixes para o Conde de Assumar, mesmo sabendo que o período não era propício para a pesca. Porém, muitos foram desistindo ao longo do percurso do rio por não haver peixes e, somente Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves insistiram na pesca e encontraram a imagem da Santa.

Segundo os relatos históricos, os pescadores saíram do porto José Corrêa Leite e foram até às margens do porto Itaguaçu sem pegar peixe algum, mas João Alves ao lançar sua rede, sente algo preso e ao puxá-la, retira o corpo de uma imagem quebrada, sem a cabeça. Descendo as correntezas do rio, lançando a rede, veio então à cabeça que se encaixava perfeitamente na imagem quebrada. Os pescadores acreditando ser um sinal divino e reconhecendo ser uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, ao jogarem novamente as redes surgiu, portanto, a abundância de peixes, que ficaram receosos de afundar suas canoas. A imagem de Nossa Senhora da Conceição era muito conhecida na região, justamente porque em 25 de março de 1646, Dom João IV em sua provisão régia, declara por padroeira de seus Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem “Nossa Senhora da Conceição”, na forma dos Breves do Papa Urbano VIII. E foram os pescadores que denominaram a imagem como Nossa Senhora da Conceição “Aparecida” das águas do Rio Paraíba do Sul.
Por quase 15 anos, a imagem permaneceu com Filipe Pedroso e sua família, reunindo em sua casa a vizinhança para rezar terços e ladainhas à imagem de Nossa Senhora Aparecida que realizava muitos milagres. Filipe Pedroso já com idade avançada, entrega a imagem ao seu filho Atanásio Pedroso que constrói um oratório à margem da estrada, local que foi cenário de muitos milagres.

Em 1743, Padre José Alves Vilela da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, no exercício de suas funções de Vigário da Vara, pediu ao Bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei João da Cruz, a aprovação do culto e a liberação para construir uma capela onde a imagem pudesse ser venerada publicamente. A Capela foi inaugurada no dia 26 de julho de 1745, no Morro dos Coqueiros e o local foi se tornando pequeno com a grande quantidade de devotos que aumentava cada vez mais, devido à intercessão e milagres de Nossa Senhora Aparecida.
Com o crescimento do povoado em torno da Capela da Santa e o aumento dos devotos que vinham pedir e agradecer a sua intercessão teve-se a necessidade de uma igreja maior. A Capela passou por pequenas ampliações desde 1760 e reformas a partir de 1824, concluídas em 1888 quando foi reinaugurada no dia 24 de junho graças à dedicação do Frei Joaquim do Monte Carmelo, Beneditino.  Em 1893, a igreja recebe o título de Episcopal Santuário e no ano seguinte, em 1894, chegaram os Missionários Redentoristas para cuidar da Pastoral do Santuário. No dia 08 de setembro de 1904 ocorre a Cerimônia de Coroação da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, com a coroa presenteada pela Princesa Isabel (em 1884) e declarando a Santa como Rainha do Brasil; e no ano de 1908, a Igreja recebe o título de Basílica Menor.

Em meio a esses fatos importantes sobre o Município, em 04 de março de 1842, foi criada a “Lei da Freguesia de Nossa Senhora Aparecida”, também conhecida por Paróquia Nossa Senhora Aparecida através da Lei Provincial nº 19, desmembrada da Vila de Guaratinguetá. Muito se foi discutido sobre a categoria de Freguesia: na tribuna da Assembleia Legislativa, em janeiro de 1880, sendo que pela Lei nº 131, de 25 de abril de 1880, passa a “Distrito” da Capela de Aparecida. Na data de 19 de dezembro de 1906, o Distrito de Aparecida passa a ser elevada à “Vila” (povoação), com direito a um vereador e subprefeito eleitos trienalmente pela Câmara Municipal de Guaratinguetá.

Com uma comissão formada em 1924, pelo Sr. Américo Alves, Comendador Augusto Marcondes Salgado e o Coronel Rodrigo Pires do Rio, para lutar e garantir a autonomia política de Aparecida, funda-se um Jornal “A Liberdade”. E através do Projeto nº 82, e do Decreto Lei nº 2.312, cria-se o Município de Aparecida realizada no dia 17 de dezembro de 1928, desmembrando-o de Guaratinguetá e, recebendo o nome da Santa como homenagem a sua devoção.
Em 1930, Papa Pio XI assina um Decreto Pontifício proclamando Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira principal do Brasil; Cerimônia que ocorre na então Capital do Brasil, Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 1931.

A devoção à Santa se expande rapidamente, os devotos se acorrem a Ela pedindo intercessão e graças e, numa visita pastoral do Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, em 1939, em discurso na frente da Basílica de Aparecida, na Praça Nossa Senhora Aparecida (Morro dos Coqueiros), prometeu ao povo e aos Redentoristas a construção de um novo templo, digno da Padroeira do Brasil. Porém, depois de anos de organização, de tudo acertado para aquisição do novo terreno e procedimentos da obra; Dom José Gaspar que assinaria a escritura após uma viagem que faria ao Rio de Janeiro, o Arcebispo falece no acidente aéreo na Capital Federal, no dia 27 de agosto de 1943. Toda a transição e o assunto da nova igreja ficaram paralisados até a nomeação de seu sucessor.

Quando o Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta assume a Arquidiocese de São Paulo, e ao conhecer o projeto da nova igreja para a Padroeira do Brasil, assume para si essa missão. Por isso, com o Projeto Arquitetônico (Neorromânico) de Benedito Calixto de Jesus Neto, no dia 11 de novembro de 1955, inicia-se a construção da nova Basílica dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida no Morro das Pitas, por iniciativa do Cardeal e dos Missionários Redentoristas.

No dia 19 de abril de 1958, através do Papa Pio XII, foi criada a Arquidiocese de Aparecida e instalada pelo Senhor Núncio Apostólico Dom Armando Lombardi, a 08 de dezembro do mesmo ano. Em 1967, o Papa Paulo VI envia ao Município de Aparecida, uma Rosa de Ouro no dia 15 de agosto, em comemoração aos 250 anos do encontro da imagem da Santa.
O Presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo, através da Lei 6.802 de 30 de junho de 1980, declara Feriado Nacional o Dia 12 de outubro, dedicado a Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. E no mesmo ano, no dia 04 de julho, o Papa João Paulo II visita a cidade, consagrando a nova morada de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e de forma inesperada, anuncia o local com o título de Basílica Menor.

A cidade também teve a visita de mais dois Papas: Papa Bento XVI (2007) e Papa Francisco (2013), que mostraram a importância do Turismo Religioso do Município e do seu acolhimento aos peregrinos.
Curiosamente a cidade é conhecida como “Aparecida do Norte”; apelido adquirido devido a inauguração da Linha Férrea entre Rio de Janeiro e São Paulo, a Estrada de Ferro Central do Brasil. Dom Pedro II em agradecimento a Nossa Senhora Aparecida, mandou que fosse construída a “Estação de Aparecida” para facilitar a vinda dos romeiros. Estes que vinham com destino à Estação de trem “Norte” de São Paulo, mesmo descendo na Estação de Aparecida, denominaram “Aparecida do Norte”. Apelido eternizado no Brasil, através da música “Aparecida do Norte” nas vozes da dupla Tonico & Tinoco (Composição: Anacleto Rosas Jr. / Tonico).

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