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ABR
23
23 ABR 2020
EDUCAÇÃO
Um novo olhar: a educação conectada ao mundo digital
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O quarto capítulo da série de reportagens “Era uma vez...” tem como foco o uso da tecnologia como ferramenta no processo de ensino e aprendizagem

Abril é o mês dedicado a literatura infantil, no mundo, e claro aqui no Brasil também. Nomes importantes são lembrados e celebrados como Monteiro Lobato, Chico Buarque, Maria Clara Machado, Raquel de Queiroz, Ruth Rocha, Ziraldo, dentre tantos outros.

E para marcar as comemorações, a Prefeitura Municipal de Aparecida, por meio da Sala de Comunicação e Imprensa lançam uma série de reportagens sobre o tema, intitulada “Era uma vez...”. Em cada semana do mês de abril vamos falar do mundo dos livros, da importância da literatura para a educação e formação das crianças e, claro, o quanto ler ajuda no seu desenvolvimento pessoal. Vamos embarcar nesta aventura?

No quarto capítulo conversamos com Sarah Eliude Leite, professora da rede pública de ensino de Aparecida, que realiza um importante trabalho educacional por meio de seu canal no Youtube.

Assim como diversos outros setores da sociedade, a educação se reinventa constantemente, sobretudo nos momentos mais desafiadores. O atual cenário envolvendo a pandemia do novo Coronavírus trouxe à tona a necessidade de inserir a tecnologia como ferramenta fundamental no processo de ensino.

Uma nova forma de ensinar

Neste contexto de isolamento social e suspensão das aulas em cidades por todo o país, professores e educadores precisaram encontrar maneiras de manter as atividades à distância, e o meio digital surgiu como importante aliado neste sentido.

Sarah Eliude Leite faz parte deste grupo de profissionais da educação, que diante dos obstáculos apresentados pela disseminação da Covid-19, apresentaram uma nova forma de chegar aos alunos, utilizando as ferramentas da internet. A professora de 24 anos criou um canal no Youtube através do qual promove a leitura de obras da literatura infantil ligadas aos conteúdos anteriormente trabalhados em sala de aula. 

“Sempre procuro trabalhar de acordo com o conteúdo mais recente que vimos em sala de aula. No caso dos vídeos, decidi dar continuidade à Série Sobre Sentimentos e Emoções que estávamos vendo antes da quarentena. Como tenho uma certa facilidade de acesso aos livros de literatura infantil, acabo lendo estas obras e trabalhando-as em meus vídeos”, explica a educadora.

A ideia de criar o canal surgiu justamente em virtude da pandemia, que culminou com a suspensão das aulas presenciais. Procurando alternativas para seguir interagindo e transmitindo conteúdo aos seus alunos, Sarah optou pelo Youtube, pelo fácil acesso e possibilidade de produzir vídeos com uma linguagem mais leve.

“Como a quarentena impossibilita o contato e as aulas presenciais, decidi pensar em alguma forma que impedisse que meus alunos ficassem com o conteúdo defasado. Até tive algumas outras ideias, que inclusive envolviam vídeos, mas pensando nas dificuldades de recursos e acesso à internet por parte dos meus alunos, vi o Youtube como uma boa opção, já que é possível acessar os links, não havendo a necessidade de que o conteúdo seja baixado. Além disso, é uma plataforma bastante popular e permite a utilização de uma linguagem mais leve”, conta Sarah.

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Resposta positiva e continuidade

Os vídeos têm rendido comentários positivos por parte de pais, alunos e colegas educadores, de modo que a professora pensa em manter o projeto mesmo após o fim do período de isolamento social e conseqüente retorno das aulas.

“Fiquei muito feliz com o feedback de todos. Apesar de não ter um grande número de inscritos, muitos amigos compartilham, me parabenizam e recebo várias mensagens de pais que tiram dúvidas sobre os vídeos e comentam sobre o entusiasmo dos meus alunos quando os assistem.No início, era um projeto apenas para a quarentena, mas como vi que estou conseguindo ajudar as pessoas, pretendo mantê-lo depois que este período acabar”, revelou.

Relação com a literatura

Formada em 2018, Sarah iniciou sua trajetória como professora na creche Balão Azul no mesmo ano e desde então passou por diversas outras instituições públicas de ensino de Aparecida:

“Eu me formei em 2018 e uma amiga me falou sobre o processo seletivo da rede pública aqui de Aparecida, fui aprovada e logo após me formar, comecei a atuar como professora aqui. Apesar de ser fixa em uma só escola, no caso, a creche Balão Azul, acabei passando por várias escolas da cidade, substituindo outros colegas professores”, afirmou.

Apesar do trabalho realizado atualmente, engana-se quem pensa que a relação de Sarah com a leitura vem de longa data. A educadora conta que viu seu interesse pelo hábito de ler despertar tardiamente e que inicialmente não pensava em ser professora.

“Na verdade, a carreira de professora não era minha primeira opção. Eu comecei a me interessar mesmo pela literatura na faculdade, porque quando era criança, no momento em que ganhei meu primeiro livro, do meu irmão, perguntei se não poderia trocar por um brinquedo. Depois na faculdade, fui me interessando pela leitura e lendo cada vez mais”.

Incentivo à leitura

Uma vez imersa neste mundo dos livros, que ela define como mágico, Sarah tem buscado, dia após dia, transmitir a seus alunos, tal paixão pela leitura, que vai além da sala de aula.

“Tento incentivar a leitura de diferentes formas dentro da sala de aula. Realizo a roda de leitura, trabalho as cantigas, tudo relacionado com os conteúdos que passo durante as aulas”, detalha a educadora. 

Na visão da jovem professora, a leitura possui um poder de transformação que ultrapassa as barreiras do âmbito educativo, contribuindo para a formação e evolução das crianças como cidadãs.

“A leitura permite que a criança veja o mundo com outra perspectiva, que possa ampliar seus horizontes, sua visão de mundo. No caso específico da literatura infantil, há o fator da magia, da fantasia, que encanta a criança”.

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Apoio da família

É indiscutível que a escola e os educadores possuem papel fundamental e enorme responsabilidade no processo de formação de uma criança. A tarefa de educar, porém, deve ser dividida com outra importante parte nesta estrutura: a família.

Sarah chama a atenção para a necessidade da participação familiar no processo de ensino e aprendizagem, e coloca em discussão a forma com que as duas partes (família e escola) se relacionam atualmente:

“Creio que a família é fundamental nesse processo de ensino e aprendizagem. Segundo a legislação, o Estado e a família são duas partes que devem obrigatoriamente e fornecer educação à criança. Sinto que muitas vezes até há a disposição dos pais para acompanhar os filhos na escola, porém falta certa clareza por parte da escola. Em alguns momentos sinto que é um paradoxo, a forma como a escola enxerga os pais. Ao mesmo tempo prega que eles participem ativamente do desenvolvimento escolar, que vão às reuniões, tratam como se não se importassem com os filhos, como se os deixassem na escola por não poderem cuidar deles durante o dia e não se interessassem em fazer parte das atividades desenvolvidas”.

Na visão da educadora, o exemplo dos pais e familiares em geral, é de suma importância no incentivo à leitura, já que a criança tende a “copiar” as ações das referências mais próximas.

A criança copia muito seus exemplos mais próximos. A criança gosta muito de imitar. Então se há alguém que fica o tempo todo no celular perto dela, ela reproduzirá este hábito, assim como o hábito da leitura se houver alguém muito próximo a ela que lê muitos livros e a incentiva a ler. Por isso é preciso ter consciência da responsabilidade que temos como educadores, tanto nós professores, como os pais”, explica.

Tecnologia na educação

Defensora da utilização da tecnologia como ferramenta no processo educacional, Sarah Eliude destaca os benefícios da inserção gradual deste tipo de recurso na metodologia de ensino. Por outro lado, reforça que é necessária cautela e planejamento para que o uso de plataformas digitais não tenha o efeito contrário.

“A tecnologia já deveria estar sendo utilizada como ferramenta de ensino e aprendizagem. Ela disponibiliza muitos recursos que permitem que o conteúdo não fique restrito somente à sala de aula, que a criança vivencie aquilo que está sendo passado pelo professor. Estes recursos já deveriam estar sendo usados, porém muitas vezes optamos por ferramentas mais antigas, que estão presentes na maioria das escolas. É preciso entender que a utilização da tecnologia por si só não representa uma evolução na forma de ensinar. Ela deve estar em sintonia com o conteúdo, deve ser uma forma de auxiliar no processo”, afirma Sarah.

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Educar: um ato de amor e responsabilidade

O amor de Sarah por sua vocação, pela nobre função de ensinar, de educar, fica evidente nas frases, ações e no brilho que surge nos olhos da jovem professora ao falar sobre o universo da educação e principalmente sobre seus alunos. 

Movida por essa paixão, foi além de suas atividades e obrigações dentro do ambiente de sela de aula e buscou incessantemente uma nova forma de levar conhecimento e auxiliar na formação de seus alunos em um momento tão delicado como o que estamos vivendo atualmente. Ciente da responsabilidade e da importância de seu trabalho, Sarah deixa uma importante mensagem sobre o significado da função que ama e exerce com alegria todos os dias:

“Educar representa ao mesmo tempo uma grande responsabilidade e um grande prazer. Quando comecei a atuar me veio um certo medo, receio, porque sabia que estaria influenciando na vida de um indivíduo, na formação dele. Ao mesmo tempo é um prazer poder contribuir para a formação dos alunos. Não acredito que o professor detenha o poder do conhecimento, mas é ele quem faz o papel de ampliar os horizontes da criança, direcionar um novo olhar”.

Fonte: Luis Felipe Pereira - Departamento de Comunicação Social
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