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ABR
17
17 ABR 2020
EDUCAÇÃO
O poder da criatividade e da imaginação
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No terceiro capítulo da série conhecemos a história de Maurício Pereira, escritor de livros infantis

Abril é o mês dedicado a literatura infantil, no mundo, e claro aqui no Brasil também. Nomes importantes são lembrados e celebrados como Monteiro Lobato, Chico Buarque, Maria Clara Machado, Raquel de Queiroz, Ruth Rocha, Ziraldo, dentre tantos outros.

E para marcar as comemorações, a Prefeitura Municipal de Aparecida, por meio da Sala de Comunicação e Imprensa lançam uma série de reportagens sobre o tema, intitulada “Era uma vez...”. Em cada semana do mês de abril vamos falar do mundo dos livros, da importância da literatura para a educação e formação das crianças e, claro, o quanto ler ajuda no seu desenvolvimento pessoal. Vamos embarcar nesta aventura? 

Neste terceiro capítulo conversamos com Maurício Pereira, escritor Taubateano de livros infantis que contou um pouco de sua carreira e também sobre a experiência de escrever para o público infantil.

Como tudo começou

Quando criança Maurício adorava ouvir as histórias de assombração que seu pai contava. Mais tarde, ele resolveu registrar as histórias por meio de áudios para que futuramente pudesse contá-las ao seu filho. 

Formado em Publicidade e Propaganda, Maurício decidiu fazer pós-graduação em Design Gráfico em São Paulo, ele só não imaginava que ali seria o ponto inicial de sua carreira como escritor.

“Comecei a trabalhar como escritor em 2006, mas foi bem sem querer. Não foi nada planejado entrar nesse mundo. Meu trabalho de conclusão de curso na pós-graduação foi um livro com as histórias de assombração do meu pai. Comecei a montar o projeto com as histórias e acabou virando um conto do meu primeiro livro publicado”.

Sua professora e colegas de curso foram os principais incentivadores para que ele transformasse as histórias do pai em livros. Foram várias tentativas de contato com editoras, mas foi a DCL que deu o “start” em sua carreira com o lançamento de seu primeiro livro, intitulado “Contos de Assombração”.

O livro foi inscrito no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), plano do governo que distrui livros sobre a literatura em escolas públicas do país. Através deste sistema foram comprados mais de 55 mil livros destinados a todas as bibliotecas de escolas públicas do Brasil. O lançamento do segundo livro também foi inserido no programa do BNDES e cada vez mais Maurício alcançava um espaço que ele jamais esperava.

“Algumas pessoas me falaram que muitos autores passam a vida inteira para conseguir que um livro seja inserido no PNBE. Eu consegui com meu primeiro livro lançado”.

O mais novo escritor nunca imaginou que as histórias de assombração do pai poderiam alcançar milhares de crianças. Ao todo são mais de 15 obras publicadas e diversas outras histórias do pai que ainda aguardam serem lançadas.

O livro “Asa Branca”, baseado na música do tão aclamado cantor Luis Gonzaga, fez tanto sucesso que foi lançado em Frankfurt, na Alemanha. A capa do livro concorreu ao prêmio de melhor capa e esteve presente no ranking das dez melhores. A capa não foi premiada, mas para Maurício a oportunidade internacional por si só já valeu muito a pena.

As histórias contadas por seu pai não eram poupadas de detalhes e Maurício conta que, a linguagem precisou ser modificada para o público infantil.

“Em uma das histórias um dos personagens era um cachorro que pegou a criança com a boca e jogou nos espinhos. Eu precisei retirar que o cachorro tinha os dentes afiados e machucou a criança. Eu precisei adequar para uma linguagem menos agressiva”.

Esse tipo de adequação reflete o cuidado com a linguagem sobre determinado assunto que é retratado no livro para que não possa transmitir uma forma de agressão ao público infantil. Além disso, o escritor precisa ter total cuidado com os detalhes das ilustrações que compõem a história.

As crianças compreendem muito bem sobre determinado assunto quando lhes é ensinado, mas o profissional precisa ter total responsabilidade sobre como o assunto será colocado no texto, pois a literatura tem o poder de transformar a vida da criança.

”Quando eu comecei a ler, eu era criança e gostava muito de histórias em quadrinhos e gosto até hoje. Eu adquiri o hábito de ler através dessas histórias. Isso abre porta para você consumir mais livros na vida adulta, independentemente da profissão. Hoje, a leitura está presente em nossas vidas e a literatura serve como base para tudo”.

 

Influência da Família

Para Maurício o incentivo dos pais é fundamental para que a criança cresça com o hábito da leitura. Para ele, a literatura é a arte de compor frases e palavras transmitindo regras que contribuem para o crescimento pessoal. A literatura tem uma missão de registrar ideias e histórias que devem ser passadas por gerações.

Os filhos se espelham nos pais e para Maurício o hábito da leitura transmitiu um desejo no filho para o consumo de histórias. O exemplo de ver o pai escrevendo, desenhando e lendo despertou a curiosidade do filho em aprender. Hoje, com apenas seis anos seu filho já dá alguns indícios de que seguirá os mesmos passos do pai.

“Outro dia ele fez uma coisa muito legal, pegou um desenho do gato Garfield que gosta muito e começou a fazer uma história em quadrinho e foi me falando o que estava acontecendo, criando uma historinha”.

Mensagem

Inspiração para outros escritores, Maurício deixa uma mensagem de incentivo para os colegas que estão iniciando suas carreiras.

“Não desistam de seus sonhos. Tudo tem a hora certa. A minha história é diferente porque eu não fiz um plano eu caí de “paraquedas” nesse mundo, mas eu já escrevia e o hábito da leitura faz com que você tenha o hábito de escrever com maior facilidade. A ferramenta principal do escritor não é nem o modo de saber escrever, mas a principal ferramenta é ir além da imaginação. Ela é fundamental para escrever uma boa história”.

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Bárbara Amaral

 

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